6 de setembro de 2014

Stole My Heart 23

Capítulo 23

É só um sonho, certo?

Capítulo passado >aqui<


~~Zayn POV~~

Pouco depois de me recuperar do soco, escutei um tiro e Niall caindo por cima de Annie.
Mas o que estava acontecendo? Por que aquilo tudo?! Protegi Andy com meu próprio corpo e depois puxei Annie para o chão do carro, ao meu lado. Depois de ver Andy segurar a mão de Annie me viro para Niall, e antes de conseguir tira-lo de perto da janela o caipira age mais rápido, agarrando o loiro pelo pescoço. 

Com um grito sufocado minhas mãos agarram o ar e vejo Niall ser jogado para longe, no meio da grama, e com nossa unica arma em mãos. 

Andy: NIALL! AH SEU DESGRAÇADO FILHO DE UMA ÉGUA!

Ela passa por cima de mim quase com o corpo inteiro fora do carro. 

Eu(Zayn): NÃO! Andy, não!

Ela levanta o joelho para sair, até que vejo o caipira sair de perto do nosso amigo Irlandês e voltar em nossa direção, a puxo pela cintura e a forço a sentar no banco do motorista. 

Eu: Fica aí!

Andy: Ma-a-as...

Eu: SEM MAS ANDY! Por favor, FICA, aí!

Se ela disse algo mais, eu já não sei, pois logo em seguida o caipira me puxa pela gola da blusa e vejo o meu corpo ser lançado pelo céu estrelado... caio a alguns metros de Niall, que se contorcia. 

Eu: Ni-Niall... você ta bem?

O loiro balança a cabeça e sua mão afrouxa com a arma calibre 38. Me arrasto até ele, com uma das mãos pego o objeto metálico, com a outra, tento manter meu amigo, no minimo, consciente. 

Eu: Vamos lá Nini, me diga o que você vê.

Disse dando uns tapinhas em seu rosto. Niall abre seus grandes olhos azuis e mesmo sem foco, observa o infinito. Enquanto isso, tento achar o caipira perturbado.  

Niall: Estou vendo as estrelas Zaz. Elas são quase da cor dos meus olhos.

Eu: Entendo Nialler, e o que mais? Vamos, fala comigo, amigo.

Escuto um barulho a minha direita e aponto a 38 para lá. Nada. Apenas o vento nas árvores e em seguida um grito distante.

Niall: Os olhos da Annie são meio azuis e meio verdes sabia? São mais lindos que os meus.

Eu: Ah, legal camarada, e que mais? 

Com os olhos atentos vi o caipira do outro lado do carro, com um galho em mãos. Dentro do automóvel vejo Andy com os olhos arregalados e tentando abrir a porta. 

Eu: ANDY! 

Logo após isso o caipira e a garota olham pra mim, e escuto outro grito distante, quando olho de novo o cara estava a menos de dois metros de mim. Apontei-lhe a arma.

Eu: SE AFASTE!

O homem sujo range os dentes, ignora totalmente meu aviso, e segue em frente para tirar a arma de minhas mãos. Logo após o segundo passo do cara, eu não penso de novo, e atiro. 



~~Harry POV~~

Eu estava abraçado com Jackie tentando reconforta-la até que escutamos outro tiro. Eu a aperto contra meu peito e a ajudo a levantar.

Eu(Haz): Vamos, temos que dar o fora daqui, ajudar os outros. 

Ela concorda com a cabeça e me segue de perto em passos lentos. 

Jackie: O... o espantalho... ele vai voltar?

Eu a encaro por um segundo.

Eu: Jackie... eu realmente não sei, mas por garantia melhor corrermos.

Talvez eu a tenha assustado, mas foi um incentivo e ela realmente correu. Passamos por entre todas as árvores curvadas do começo e nos deparamos com um Niall desmaiado na grama, Zayn com uma arma apontada para o chão e uma Andy histérica gritando de dentro do carro através da janela quebrada do mesmo.

Jackie correu para o corpo desfalecido de Nialler e eu me aproximei calmamente e toquei o ombro de Zayn, ele imediatamente se afastou e empunhou a arma, porém quando me viu seu rosto se tranquilizou e ele me abraçou forte.

Zayn: Ah, pelos Deuses, Harry! T-tinha um caipira louco aqui! Ele atacou o Niall, me atacou, atacou as meninas... esta tudo errado! Eu atirei num cara! Como assim Harry!

Ele disse tudo aquilo muito rápido, engolindo as palavras e sua voz tinha um tom de desespero, choro, raiva, medo, tudo misturado.

Minha mente girava em torno de diversas ideias, mas o principal me atingiu; precisávamos sair dali, o mais rápido possível.

Eu: Bro, isso ta um caos, mas precisamos sair daqui! 

Intensifiquei o tom de urgência na minha voz e corri até Niall. O peguei no colo e Jackie me acompanhou até o carro onde Zayn já estava tentando fazer uma ligação direta.

Jackie: Você sabe fazer ligação direta, Zayn? *ela perguntou receosa*

Zayn: Não, mas geralmente só pegam o fio azul e o vermelho, desencapam e dá certo, não custa tentar a sorte.

Vi ele tentando forçar um sorriso, e no fim a malfeita ligação direta deu certo. Ele acelerou o carro estrada afora enquanto eu tentava, com a ajuda de Andy, acordar Niall. Jackie nós encarava a cada segundo com muita preocupação nos olhos.

Annie: Não pode simplesmente deixa-lo dormir?

A garota pelo qual foi o motivo de todos nos termos feito essa viagem estava tão quieta e imóvel que por muitos minutos eu tinha esquecido de sua presença naquele carro. Ela me encarava com calma como quem pergunta "Hey, não estamos fazendo nada, alguém quer um sanduíche?"

Eu(Haz): Ah, não. Ao que parece ele bateu a cabeça, então pode ter um contusão por isso temos que deixa-lo acordado.
Ela revirou os olhos e encarou a escuridão janela afora. Zayn nos encarava de maneira tensa pelo retrovisor, visivelmente apavorado.

Eu: Hey Zaz, você ta bem cara?

Zayn: Anh? Eu? O-ótimo! Q-quer dizer, na medida do possível. 

Ele tentou forçar um sorriso e afundou o pé no acelerador. Minutos mais tarde chegamos numa cidade pequena e com péssima iluminação. Neste ponto Niall já tinha acordado, mas não falou muito e parecia meio mole.

~~Zayn POV~~


Estacionei em um posto esperando que alguém aparecesse para nos ajudar, mas o máximo de pessoas que vi foram dois bêbados na loja de conveniência do posto que eram justamente o caixa e o guarda.
Todos foram saindo do carro aos poucos para tomar um ar. Permaneci pois ainda tinha que esconder a arma de antes. A coloquei debaixo do assento do passageiro e quando levantei dei uma olhada em Annie pelo retrovisor, ela era a unica restante no carro, e a visão que tive pelo pequeno espelho quase fez meu coração sair pela boca. 

~~desculpem pelo ataque cardíaco com o link da imagem~~

Coloquei a mão no peito e tentei controlar a respiração.

Annie: O que foi Zayn? Tudo bem com você?

Virei lentamente e a encarei, ela estava completamente normal... visualmente, claro. Ou eu poderia estar tendo uma visão, surtos, não sei.

Eu(Zaz): B-bem? Aham, perfeitamente bem.

Forcei um sorriso e saí do carro. Me encontrei com Andy que estava lavando o rosto em uma torneira perto de um dos tanques de gasolina. 

Eu: Ah... Andy? Eu acho que a Annie não esta bem...

Ela me encarou abruptamente.

Andy: VOCÊ TAMB... *olhou ao redor* Você também viu?! *diminuiu o tom*

Seu tom foi de desespero e urgência. Ela olhava para o carro agoniada e ao mesmo tempo parecia procurar algo ao redor.

Eu: O que eu vi? Se você estiver se referindo a uma imagem de Annie, morena e possuída por uma caveira? Ah sim, eu vi isso e acho que estou louco, ou nós estamos.

Andy: Zayn! Você não percebe? Ela realmente deve estar possuída! Ela vem agindo estranho... e também o acidente, o carro pifar, aquela colheita sinistra, o caipira!

Eu: E o que você quer que a gente faça? Largue ela aqui? Bata nela? Eu não sou exatamente um especialista em exorcismo, se você conhecer algum por favor me fale!

Ok, soou meio irônico, mas aquilo tudo era absurdo, certo? Ela balançou a cabeça e se calou por um segundo até que uma ideia deve ter lhe ocorrido. Ela me segurou pelo braço e me deixei ser arrastado até Harry que tentava convencer o caixa do posto a lhe dar uns sacos de gelo e um pote de sal.

Andy: Harry? Você não gostaria de nós explicar por que Annie esta possuída? Ou talvez e principalmente por que você guarda armas no carro? Talvez também o por que de estar pedindo sal pro caixa?

Houve um silencio e Harry passava seus olhos de mim para ela, tentando processar as palavras.

Harry: Anh? A Annie? Possuída? Você esta louca, Andy. *ele parecia agoniadamente calmo*

Andy: Talvez eu esteja! Mas isso não elimina as outras perguntas! Vamos! Me responda!

O CurlyBoy se virou para mim como quem procura uma saída.

Harry: Ah, qual é Malik, você não está acreditando nela também, está? Você sabe o por que das armas.

Eu: Sei, ordens do Paul e tal. Mas eu vi, Harry, a Annie não é... ela mesma. Responda pelo amor de Deus, por que o sal? Por que você parecia e parece ser o único aqui que sabe o que fazer?

Ele respirou fundo e encarou o chão. Agora eu realmente estava testando em minha mente se alguma dessas coisas poderia ser verdade. Se isso de estar/ser possuído era possível. Pensando também no caipira em que atirei... a arma não deixou cheiro de pólvora, bom, aparentemente não muito, e o caipira também sumiu logo depois que eu senti o impacto da arma. Ok, nada disso faz sentido, dever ser tudo um sonho, certo?

Harry: Okay... eu vou explicar tudo a vocês, só me ajudem a conseguir o maldito sal.


Concordamos e eu fui segurar o caixa enquanto Andy e Harry pegavam dois sacos de sal, cada um. Eles saíram e eu fui logo atrás com mais um saco de sal e um de gelo, para Niall. 

Entreguei o gelo a Jackie que rasgou um pedaço da blusa para enrolar o gelo e Niall não sofrer uma queimadura. 

Harry abriu um dos sacos de sal e fez um circulo ao nosso redor.

Eu: O que é isso cara? Entramos em algum filme de terror por acaso?

Ele me encarou, visivelmente não tinha visto meu comentário como uma brincadeira. Andy sentou ao meu lado e tentava conversar com Niall para mante-lo acordado. Harry finalmente terminou o circulo, colocou uma das armas no chão ao lado de um banquinho e se sentou.

Harry: Ok, a coisa ta feia. Isso não é nenhum filme de terror, é a realidade, esses monstros, demônios, fantasmas... essas coisas existem e de acordo com vocês dois *apontou para mim e Andy* uma delas possuiu a Annie. 

Ele fez uma pausa e procurou algo no bolso da calça. Sussurrou algo que supus ser um xingamento e em seguida olhou para o carro. Se levantou, pegou a arma e caminhou em direção ao automóvel, colocou a cabeça dentro do carro pela janela e procurou algo no que eu creio ser a área do porta-luva. Pegou um livro e fitou a parte de trás do carro, eu acompanhei seu olhar, e lá estava, um enorme vazio onde devia estar Annie.

O garoto de cabelos cacheados se virou desesperado para mim, e eu automaticamente me virei para trás, onde dei de cara com uma Annie morena e no lugar de sua pele levemente bronzeada tinha apenas pedaços podres do que já foi carne e seus ossos da face totalmente expostos. 

Eu creio que aquele ser tentou fazer biquinho, mas só percebi isso pela sobrancelha arqueada.

"Annie": Descobriram meu segredinho...



Continua...
Heey, ficou legal? Se alguém ainda lê, por favor comente! :) xoxo

15 de junho de 2014

Over Again 25

Capítulo 25

Princesa?




- Liza POV -

Depois de me alimentar de Lucca, agradeço a recepcionista, saio do prédio e começo a andar pelo extenso gramado da Academia observando o céu, as estrelas, o vento, o balanço das árvores e os mais simples animais. 


Caminhando assim, distraída, acabo por chegar na capelinha que havia naquela instituição obscura aos olhos humanos. Me aproximei e passei a mão pela construção, sentindo a textura grosseira, e a junção de pedra por pedra. 


Acho que era inconsciente, mas sempre que eu andava sem rumo acabava chegando aqui, na capela. De certa forma era irônico, pois antes do acidente e tudo mais eu tinha feito intercambio para cá, foram apenas seis meses, e não me encaixei tão bem quanto queria por isso vinha clarear a mente no sótão dessa construção. O padre me conhecia e não reclamava pois eu sempre organizava os livros que as crianças acabavam mudando de lugar quando vinham. Era como uma troca de gentilezas.

Encostei minhas costas na parede de pedra e deixei a gravidade me levar ao chão. Eu havia me sentado em cima de meu casaco branco, e ele e minha calça, igualmente branca, se misturavam com a fina camada de neve que cobria todo o campus. Minha sapatilha rosa fazia um contraste bonito no meio de toda aquela palidez. Ao redor de meu corpo percebi pouco depois a marca de pés, já quase sumindo por conta da neve, me fez pensar um pouco, mas deixei pra lá. E lá vou eu com mais um momento de epifania. 

Era incrível minha capacidade de voar em pensamentos, mas me deixei levar, me deixei sentir o vento frio castigar minhas bochechas, me deixei ver a neve cair em flocos do alto das árvores, me deixei passar o dedo na neve ao meu redor, formando palavras. "Felizes para sempre", clichê, mas não seria nada mal. E por um ultimo momento deixei minha visão vagar pela imensidão da floresta, e por entre as árvores vi, lá no final, bem longe... vi uma luz laranja se expandir e em questão de segundos, se extinguir. 

O que seria aquilo? Em pleno hora do jantar, bom, jantar para os humanos, por que estava de noite, e como nosso horário é invertido, agora seria o nosso almoço... é, acho que é mais ou menos isso, enfim, ainda terei o resto do ano para me acostumar. 

Mas por que uma luz em meio a floresta? E lógico, eu não ia deixar quieto. Ignorei totalmente o horário do almoço/jantar e fui em direção a luz que tinha visto. Eu realmente não ia deixar aquilo passar. Não depois desses dois dias absurdamente estranhos e estressantes. E bota estranho nisso.

Andei uns bons quilômetros, e já estava quase deixando de sentir meus dedos do pé, a neve havia entrado na sapatilha e ia derretendo aos poucos me deixando absurdamente desconfortável, e com frio. 

Ah céus, se eu ainda lembrasse como dominar o fogo...

Sim, é verdade, eu dominava o fogo, e não só ele, os outros três elementos também. Eu não podia incendiar um colégio ou uma pessoa, se é o que parece, mas eu podia criar chama o suficiente para digamos... me aquecer, ou matar um pássaro, mas claro, isso é absurdo, o pobre animal não fez nada pra mim. E eis o mesmo com água, ar e terra. 

Eu dominava minimamente cada um deles. Todos nos Morois começamos assim, tentando descobrir qual nosso elemento final, e depois que descobrimos simplesmente paramos de dominar os outros três, mas no meu caso, como domino o Espirito, eu conseguia dominar todos os 4 num nível primário e bom, e estava me aperfeiçoando no tal quinto elemento, ou pelo menos, tentando. 

Ignorei o formigamento em meus pés e tratei de chegar logo no local, que agora dava pra se escutar uma batida, como uma música eletrônica em nível ensurdecedor. E de fato, era isso, uma música eletrônica saindo de cinco grandes caixas de som, todas concentradas em um palco improvisado onde um casal mexia numa mesa com diversos botões, deviam ser DJ's.

Agora a pergunta que vale um milhão de dólares. Por que estava acontecendo uma festa no meio da floresta, dentro do campus? 

E como um interruptor em minha mente lembrei de algumas histórias que Katy me contava quando saía da detenção. Aparentemente não era só no Brasil que os estudantes davam festas secretas e faziam coisas ilegais. 

O chão branco em que eu pisava fazia um contraste absurdo com o gramado verdinho e bem aparado onde a festa ocorria. Provavelmente era magia, provavelmente não, era magia. 

Saí finalmente do meio das árvores e entrei no ambiente aconchegante e quentinho da festa. Caminhei por entre um mar de pessoas que dançavam viradas para o palco dos DJ's e cheguei no barzinho, igualmente improvisado, como toda a festa. O homem que estava pelo outro lado do balcão me olhou da cabeça aos pés. Era um Moroi, tinha cabelos cor de areia, olhos cor de mel, ou talvez verdes, não conseguia distinguir, era visivelmente mais alto que eu, usava o cabelo bem penteado para trás, e com uma cara de abusado no rosto. Se eu fosse apostar, diria que era um Zeklos. 

Ele: O que a mocinha vai querer? 

Ele me perguntou com um sorriso sacana. E eu estava com o rosto coberto pelo capuz do casaco, imagine a cara dele quando tirei o mesmo. Foi uma mistura de espanto, admiração, medo, receito, vergonha, e ainda a mesma índole sacana, lá no fundo. 

Tirei o casaco e coloquei sobre o balcão.

Eu(Liza): Tem como guarda isso pra mim? Aqui esta muito mais quente do que na floresta, sabe. *sorri*

Ele: A-h-h... claro, com certeza-a, Ma-majestade. *eu sorri*

Eu: Por favor, só me chame de Liza. Mas me diga, o que esta rolando aqui?

Ele havia terminado de guardar meu casaco num armário e voltou com um coquetel de framboesa em mãos, aparentemente com pouco álcool. Agradeci com a cabeça e ele passou a mão pelos cabelos, tirando alguns fios do lugar. 

Ele: B-bem, é uma festa. *eu ri*

Eu: Ah, serio? Juro que não tinha percebido. *sorri irônica, mas com delicadeza* 

Ele: Foi organizada por Fatin e mais dois rapazes Moroi. *respondeu, meio receoso*

Fatin... Katy tinham mencionado esse nome alguma vez, anos atrás, algo sobre os jogos de inverno. 

Eu: E os guardiões não perceberam nada?

O garoto mordeu o lábio inferior e desviou o olhar, tentando procurar uma resposta em meio a multidão. 

Ele: Não posso ficar dando detalhes, até por que quem esta aqui foi convidado. 

Eu: Hmm. *dei um gole no coquetel* Pois esse plano falhou. Eu não fui convidada e estou aqui. 

Ele pareceu surpreso, e as palavras saiam de minha boca sinceras e calmas. 

Ele: As vezes acontece... 

Ele tentou sorrir e passou a mão na nuca. Bom, parece que o bartender aqui não conversava nada muito além de "o que vai querer?" e possíveis cantadas.

Eu: Você não me respondeu. E aliás, qual seu nome?

Perguntei sem preocupação enquanto observa o resto de meus colegas dançando, bebendo e se pegando. 

Ele: Ér... Michael... Michael Zeklos. *ele disse e tentou sorrir* E sobre sua pergunta... suborno.

HÁ! Um ponto pra princesa aqui. E logicamente, os Morois mimados e riquinhos atacam de novo. Subornar guardiões para fazer uma festa ilegal e secreta, era de se esperar. 

Eu: Então, Michael... viu a Hathawai por ai?

Ele pareceu cada vez mais surpreso. 

Ele: A fugitiva? Ela foi convidada?

Eu: Mesmo que não fosse, ela entraria aqui tão fácil quanto eu. Responda.

Ele: Ouvi comentários sobre ela entre o pessoal da organização, principalmente vindo de Fatin, mas não a vi pessoalmente ainda, então não posso confirmar. *deu de ombros*

Eu: Bem... obrigada Michael. Você foi bem útil. 

Ele balançou a cabeça de maneira aliviada e voltou a preparar uns drinques para alguns alunos do primeiro ano que estavam esperando. Me perguntei se não era ilegal, mas deixei pra lá. Tomei o ultimo gole de meu coquetel e fui explorar a festa.

Enquanto eu andava as pessoas me lançavam olhares surpresos, alguns mostravam um pouco de simpatia e me cumprimentavam com acenos de cabeça, outros simplesmente desviavam o olhar, e assim foi, até eu escutar uns gritos pouco longe do ambiente da festa e mais um clarão atingir o céu. Era isso, fogo, tinham dominadores de fogo praticando magia fora de sala, e bem mais do que deviam, muito além de apenas derreter a neve, como imaginei.

Corri para o meio das árvores, de onde tinham vindo os gritos e a magia. Chegando lá duas garotas estavam sentadas no chão, num circulo de grama, onde antes devia ter neve, uma delas estava com a mão no braço, com uma cara de dor e a outra ria com uma garrafa de bebida em mãos. 

Elas pareciam não ter me notado ainda, e decidi me aproximar para tentar ajudar a garota aparentemente ferida, mesmo que isso me causasse alguma queimadura também. 

Eu: Ei, você precisa de ajud...

E minha voz sumiu, me dando oportunidade apenas de ver outro clarão, e por trás da bola de fogo, um menino correndo em nossa direção, gritando algo. A dor me veio bem na parte de cima da cabeça, e antes de cair na neve vi alguns estilhaços de vidro passando muito perto de meu rosto e então, apaguei.




Continua...
Só me digam, gostaram? Alguém ainda lê? Agora que estou de férias espero conseguir escrever mais. Por favor, comentem. xoxo

13 de outubro de 2013

Over Again 24

Capítulo 24

Tretas


Capítulo passado >aqui<

- Katy POV -

Os dois Dampiros me encararam.

Iuri: Duelo?

Eu: Por que não? 

Rodrigo: Não é proibido?

Eu: Arranjar briga é proibido, duelo não, topa?

O loirinho encarou a namorada que lançava um olhar mortal de desaprovação.

Rodrigo: Não sei não...

Eu: Medo? *provoquei*

Vi Iuri tapar a boca para sufocar uma gargalhada. Continuei o encarando e fiquei em posição de combate com os punhos levantados. Algumas meninas de salto alto me observavam com seus namorados babando ao lado. Fiz um sinal com a cabeça o chamando novamente para a luta, ele olhou ao redor e ficou vermelho ao escutar alguns gritos o chamando de amarelão, covarde, entre outros ridículos insultos. Ele se posicionou.

Lorene: Isso ai, vai lá, me troca pela luta de novo!

Senti algo se revoltar dentro de mim e dei um passo na direção daquela Moroi metida a Hipster. Rodrigo ficou na minha frente impedindo aproximação e as duas outras meninas ficaram lado a lado com ela, observando.

Eu: Qual seu problema? Você não entende que ele luta pra te proteger? Pra proteger uma Moroi? Pra proteger todos os Moroi de Strigoi e manter segredo disso tudo em relação ao mundo humano? 

Todos urraram ao meu redor, vi ela corar, mas respirou e continuou.

Lorene: Mas ele só sabe fazer isso, todos vocês só sabem lutar! 

Eu: Por que é nossa obrigação! Dês de que entramos na Academia impuseram a nós "Eles vem primeiro". Que vocês vem em primeiro lugar! Em tudo! Então para de ficar se fazendo de coitada, por que já é um milagre vocês estarem namorando! Daqui um ou dois anos, quando se formarem, você vai pra alguma grande faculdade viver uma vida perfeita e casar com um Moroi, e ele vai pra guerra! Lutar pela sua vida!

Ela se calou e deu um passo pra trás. Seus olhos encheram de lagrimas, ela fechou o punho e quando dei um sorriso vitorioso, perante os gritos e vaias das pessoas ao redor, Rodrigo se virou para ver o estado da sua pobre amada. 

Ele correu e a abraçou segurando suas mãos.

Rodrigo: Pra que tudo isso Katy?! *berrou enfurecido*

Eu: Apenas a verdade! Não negue! Você sabe que é assim!

Ele não disse mais nada, apenas olhou para o chão e saiu levando Lorene e Jéssica que soltava, literalmente, faíscas pelos olhos. Marie saiu sem dizer nada, não esboçou nenhuma reação, apenas saiu. 

Me virei triunfante e do meio da multidão vi Peter Badica se aproximar, com mais umas de suas malditas blusas sociais que o deixavam tão... idiota. Ignorei seu olhar de pegador, e me virei para o soldado restante.

Eu: E ai Iuri, tem alguma jovem donzela que pretende proteger? Ou quer lutar como homem?

Iuri: Não reclama depois, quando sair machucada.

Todos ali riram, e começaram a gritar e fazer baderna. Fez-se um roda ao nosso redor, o garoto ficou em posição de combate.

Eu: Vamos, mostre o que sabe!

Ele investiu tentando atingir um chute na altura da cabeça, me abaixei para desviar e o golpeei no ombro ao me levantar. Todos gritaram, e mais garotos se atumultuavam ao nosso redor. 

Eu: Sabe que essa podia ter sido no rosto não é?

Ele bufou e tentou um soco cruzado em vão. Fiz uma sequencia de três socos diretos em seu peito, apenas um acertou.

Eu: Há, até que não é tão lento.

Iuri: Pare de provocar, estou pegando leve.

Eu: Pare de pegar leve, e comece a provocar.

Na mesma hora o Dampiro acertou um chute em minha coxa direita, e tentou outro na esquerda, pulei para o lado e quando ele se aproximou para atacar novamente acertei um chute em seu joelho com o calcanhar, ele fraquejou de lado, mas logo estava de pé vindo com joelhadas e tentando me derrubar. Me desprendi dele e o dei uma rasteira, Iuri caiu sentado e antes que pudesse fazer algo ele rolou para o lado e levantou. Seguimos com muitos chutes, socos, joelhadas e tentativas de imobilização. Depois de ter acertado em cheio minha cintura, decide se pronunciar. 

Iuri: Ainda estou pegando leve? 

Eu: Depende do ponto de vista. *falei seca*

Ele arqueou uma sobrancelha e parti para algo mais objetivo. O acertei na barriga, e enquanto o seu corpo automaticamente se contorcia para frente, passei minha perna por trás da dele e o puxei para o chão, assim que ele caiu parti para imobiliza-lo até que escuto um estrondo a distancia e me contorço com o barulho. 

Por conta desse vacilo o menino me vira e me segura com as pernas ao redor de minha cintura e os braços ao redor de meu pescoço. Tentei fazer algo, mas o máximo que consegui foi fazer ele impor mais força contra mim. Sem saber mais o que fazer fiquei parada. Sem reação.

Iuri: Desiste?

Não respondi e todos começaram a gritar.

Eu: Me solta logo...

Ele riu, me soltou e me ajudou a levantar, todos soltaram um grande "ahhhh" em desaprovação. 

Iuri: Dois mata leão em um dia hein? 

Eu: Eu me distrai!

Iuri: Duas distrações que ocasionaram na perda da luta com um mata leão! *ele riu*

Eu: Cala a boca. *ri*

Acertei um soquinho fraco em seu queixo e saímos rindo. 

Iuri: Foi bem legal, me lembre de lutar com você de novo!

Eu: Com certeza... mas o que foi aquilo?

Iuri: Aquilo o que?

Eu: Aquele estrondo que me fez perder.

Iuri: Você perdeu por que é ruim, não por conta do barulho.

Eu: Idiota. Mas serio o que...

Fui interrompida pelo real babaca da festa, Peter.

Peter: Por que não pergunta para as dominadoras de fogo amiguinhas dele?

Eu: O que você quer?

Peter: Eita garota, pra que a ignorância? Só vim responder sua pergunta.

Eu: Que não foi direcionada à você. 

Peter: Mas iai, não vai perguntar? 

Eu: O que elas tem a ver? São duas mimadas, só isso.

Peter: Mimadas ou não, elas dominam o fogo.

Eu: O que isso tem a ver com o barulho?

Peter: Explosões geralmente fazem bastante barulho...

Ele disse irônico, e então encarei Iuri.

Iuri: Não, elas não fariam algo assim. 

Disse meio desesperado. Balancei a cabeça e fui até onde Marie estava.

Eu: Cadê suas amigas?

Marie: E-eu não sei! 

Me aproximei dela, a deixando contra a bancada do bar. 

Eu: Onde. Aquelas. Duas. Mocreias. Estão?

Minha voz saiu absurdamente sombria e ameaçadora. A pobre Marie que se mostrava alguem muito legal engolio em seco, eu ia repetir a pergunta, até que um garoto de olhos e cabelos castanhos e um bronzeado de dar inveja a muitos, ficou entre nós duas.

Garoto: Algum problema?

Eu: Na verdade sim. 

Garoto: E qual seria? Ah, mas Marie nunca estaria envolvida mesmo. 

Indignada, o encarei desafiadoramente.

Eu: Qual seu nome "salvador de donzelas"?

Garoto: É Igor, Igor Karter. 

Eu: Pois então Igor, não se meta onde não é chamado.

Igor: Isso não se aplica quando se meche com a garota dos outros. 

Eu: Ah, namorados? 

A coisa estava ficando tensa, e começando a seguir um assunto desnecessário no momento. 

Iuri: Awn, esta perdendo tempo Katy.

Voltando a mim, concordei com ele. Pedi desculpas ao casal brevemente, e fui atrás de saber o que tinha acontecido. 

Achei Fatin conversando com uns dominadores de Água, meio atordoada.

Eu: O que houve?

Fatin: Alguns dominadores de fogo, bêbados, incendiaram e explodiram uma árvore. Não consegui encontra-los ainda, e eles não param! Estou tentando reunir alguns dominadores de água para ajudar. 

Eu: Ah céus, mas tem noção de quem seja?

Fatin: Não, não consegui ver rostos. Olha, desculpa Katy, mas me faz o favor, não deixa ninguém ficar desesperado, quem menos souber disso, melhor.

Assenti e ela saiu acompanhada de três dominadores.

Peter: Que situação hein?

Eu: Cala a boca!

Me afastei daqueles dois e fui até o bar. Pedi duas doses de tequila. As virei rapidamente, e me deixei levar. A noite ia ser longa, e a partir de agora, eu ia aproveitar. Sem Moroi fresquinha pra dar problema. 



Continua...
Não vou dizer que demorei '-' maaaas ta ai e CONSEGUI MEU PC DE VOLTA \o/
xoxo

30 de setembro de 2013

Amor e ódio caminham lado a lado. Parte VI

Amor e ódio caminham lado a lado. Parte VI.


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Eles não disseram mais nada e eu subi. Supus que ele estivesse no mesmo quarto que me mostrou ao chegarmos. O quarto dele...

Cheguei lá e a porta estava fechada. Bati nela sem dizer nada. 

Harry: VAI EMBORA LOUIS! NÃO ADIANTA! NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ! 

Eu dei um triste sorriso de lado pelo fato de Harry ter achado que eu era o seu melhor amigo.

Passei a mão pela porta até que me encostei nela e sentei com as costas apoiadas na mesma. Fiquei calada por um tempo até que consigo perceber que Harry estava encostado na porta, assim como eu, mas pelo outro lado. 

Ele se mexia as vezes e soltava algumas palavras ao ar, quase imperceptíveis. Harry começa a cantarolar uma música de ritmo familiar, mas de fato não sei se a conhecia.

Encostei o rosto na porta e escutei as palavras cantadas do garoto até ele soltar um longo suspiro.

Eu: Ei Harry... É uma música bonita. 

*silencio*

Harry: SeuNome?

Eu: É, a culpada tinha que vir aqui né... *ri um pouco*

Harry: Não foi sua culpa... Não é culpa de ninguém na verdade...

Eu: Queria entender...

Pende um silencio sobre nos por um tempo, escutei um soluço do outro lado, um silencio novamente. Achei que Harry não fosse abrir mesmo a porta, até que ele o faz e eu caio para traz e ele me encara com olhos tristonhos.

Ele me ajuda a levantar. Eu ia sorrir mas ele estava com os olhos vermelhos e o rosto inchado. 

Eu: Owwwn Harry

Ele levanta uma sobrancelha em duvida e eu o abraço fortemente, ele retribui e eu sussurro em seu ouvido.

Eu: Ei, não se preocupe! Vai ficar tudo bem, tá? 

Ele me aperta.

Harry: Não, não vai ficar tudo bem SeuNome! 

Ele soluça em meu ombro com seus cachos roçando em meu pescoço.

Harry: Me desculpa, por favor me desculpa!

Me afastei dele.

Eu: O que foi? Não vai acontecer nada, tá? Vai dar tudo certo... Eu que devia pedir desculpa.. Nem devia ter vindo.

Harry: Eu quis te trazer aqui, agora tudo vai dar errado, vão acabar com nossas vidas... Vai virar um inferno!

Eu: O que? Não diga isso! Vai dar tudo certo, ninguém manda em você, não tem problema ter emprestado a blusa, foi escolha sua!

Harry: O problema não é somente a blusa, é você ter vindo, nos termos ido no Starbucks, as fotos... A blusa! Se a Taylor souber... Não! Ela não pode!

Eu: A Taylor supera, nos saímos apenas como amigos, relaxa.

Harry: Não, a Taylor não relaxa, nos... Temos um contrato com a Modest, o namoro e tudo... Mas ela esta possessiva demais!

Eu: Ela não vai fazer nada, c-calma.

Comecei a me assustar com todo esse assunto. 

Harry: Mas a Taylor... Ela é má! Ela pode te fazer mal, você não esta segura SeuNome.

Ele estava visivelmente desesperado.

Eu: Não seja bobo, eu conheço Taylor a mais tempo que você, sei que ela nunca faria mal a ninguém!

Harry: Você pode conhecer a mais tempo, mas eu fui obrigado a conhecer ela de verdade. A verdadeira Taylor...

Tirei meus braços dos ombros de Harry. 

Eu: A Taylor nunca me faria mal.

Harry: Desculpa (S/N), mas você conhece a Taylor de antes da fama, não é?

Eu: É, já tem um tempo mesmo, antes da fama... Por que?

Harry: Ela ficou obcecada. Agora quer fama a todo custo, ela pode ter gostado de todos esses caras que ela namorou e tal, mas ela gostava mais da atenção que recebeu no período...

Eu: H-Harry eu... Eu não sei o que dizer.

Harry: Não diz nada, só me deixa tentar consertar isso tudo.

Eu: Eu não sei Harry... Acho melhor esquecermos isso... 

Harry: Qual é SeuNome! Não vai dizer que não gostou? Da conversa, do passeio...

Eu: Gostei Harry! Claro que gostei! Foi incrível, mas a Eleanor esta certa, não deve ter algo... Comigo, ou com outra garota se estiver com a Taylor.

Ele encarou o chão. Fechou a porta e depois se sentou na cama.

Harry: Rolou uma química... Pelo menos da minha parte. Vou tentar consertar, mas por enquanto... Amigos?

O encarei com um sorriso de lado no rosto. Sentei ao seu lado e o abracei.

Eu: Eu adoraria.

Harry sorriu e me abraçou forte.

Harry: Obrigado SeuNome.  



Continua... Talvez. 
Provas, provas... Falta de imaginação... Desculpem. Xoxo