15 de junho de 2014

Over Again 25

Capítulo 25

Princesa?




- Liza POV -

Depois de me alimentar de Lucca, agradeço a recepcionista, saio do prédio e começo a andar pelo extenso gramado da Academia observando o céu, as estrelas, o vento, o balanço das árvores e os mais simples animais. 


Caminhando assim, distraída, acabo por chegar na capelinha que havia naquela instituição obscura aos olhos humanos. Me aproximei e passei a mão pela construção, sentindo a textura grosseira, e a junção de pedra por pedra. 


Acho que era inconsciente, mas sempre que eu andava sem rumo acabava chegando aqui, na capela. De certa forma era irônico, pois antes do acidente e tudo mais eu tinha feito intercambio para cá, foram apenas seis meses, e não me encaixei tão bem quanto queria por isso vinha clarear a mente no sótão dessa construção. O padre me conhecia e não reclamava pois eu sempre organizava os livros que as crianças acabavam mudando de lugar quando vinham. Era como uma troca de gentilezas.

Encostei minhas costas na parede de pedra e deixei a gravidade me levar ao chão. Eu havia me sentado em cima de meu casaco branco, e ele e minha calça, igualmente branca, se misturavam com a fina camada de neve que cobria todo o campus. Minha sapatilha rosa fazia um contraste bonito no meio de toda aquela palidez. Ao redor de meu corpo percebi pouco depois a marca de pés, já quase sumindo por conta da neve, me fez pensar um pouco, mas deixei pra lá. E lá vou eu com mais um momento de epifania. 

Era incrível minha capacidade de voar em pensamentos, mas me deixei levar, me deixei sentir o vento frio castigar minhas bochechas, me deixei ver a neve cair em flocos do alto das árvores, me deixei passar o dedo na neve ao meu redor, formando palavras. "Felizes para sempre", clichê, mas não seria nada mal. E por um ultimo momento deixei minha visão vagar pela imensidão da floresta, e por entre as árvores vi, lá no final, bem longe... vi uma luz laranja se expandir e em questão de segundos, se extinguir. 

O que seria aquilo? Em pleno hora do jantar, bom, jantar para os humanos, por que estava de noite, e como nosso horário é invertido, agora seria o nosso almoço... é, acho que é mais ou menos isso, enfim, ainda terei o resto do ano para me acostumar. 

Mas por que uma luz em meio a floresta? E lógico, eu não ia deixar quieto. Ignorei totalmente o horário do almoço/jantar e fui em direção a luz que tinha visto. Eu realmente não ia deixar aquilo passar. Não depois desses dois dias absurdamente estranhos e estressantes. E bota estranho nisso.

Andei uns bons quilômetros, e já estava quase deixando de sentir meus dedos do pé, a neve havia entrado na sapatilha e ia derretendo aos poucos me deixando absurdamente desconfortável, e com frio. 

Ah céus, se eu ainda lembrasse como dominar o fogo...

Sim, é verdade, eu dominava o fogo, e não só ele, os outros três elementos também. Eu não podia incendiar um colégio ou uma pessoa, se é o que parece, mas eu podia criar chama o suficiente para digamos... me aquecer, ou matar um pássaro, mas claro, isso é absurdo, o pobre animal não fez nada pra mim. E eis o mesmo com água, ar e terra. 

Eu dominava minimamente cada um deles. Todos nos Morois começamos assim, tentando descobrir qual nosso elemento final, e depois que descobrimos simplesmente paramos de dominar os outros três, mas no meu caso, como domino o Espirito, eu conseguia dominar todos os 4 num nível primário e bom, e estava me aperfeiçoando no tal quinto elemento, ou pelo menos, tentando. 

Ignorei o formigamento em meus pés e tratei de chegar logo no local, que agora dava pra se escutar uma batida, como uma música eletrônica em nível ensurdecedor. E de fato, era isso, uma música eletrônica saindo de cinco grandes caixas de som, todas concentradas em um palco improvisado onde um casal mexia numa mesa com diversos botões, deviam ser DJ's.

Agora a pergunta que vale um milhão de dólares. Por que estava acontecendo uma festa no meio da floresta, dentro do campus? 

E como um interruptor em minha mente lembrei de algumas histórias que Katy me contava quando saía da detenção. Aparentemente não era só no Brasil que os estudantes davam festas secretas e faziam coisas ilegais. 

O chão branco em que eu pisava fazia um contraste absurdo com o gramado verdinho e bem aparado onde a festa ocorria. Provavelmente era magia, provavelmente não, era magia. 

Saí finalmente do meio das árvores e entrei no ambiente aconchegante e quentinho da festa. Caminhei por entre um mar de pessoas que dançavam viradas para o palco dos DJ's e cheguei no barzinho, igualmente improvisado, como toda a festa. O homem que estava pelo outro lado do balcão me olhou da cabeça aos pés. Era um Moroi, tinha cabelos cor de areia, olhos cor de mel, ou talvez verdes, não conseguia distinguir, era visivelmente mais alto que eu, usava o cabelo bem penteado para trás, e com uma cara de abusado no rosto. Se eu fosse apostar, diria que era um Zeklos. 

Ele: O que a mocinha vai querer? 

Ele me perguntou com um sorriso sacana. E eu estava com o rosto coberto pelo capuz do casaco, imagine a cara dele quando tirei o mesmo. Foi uma mistura de espanto, admiração, medo, receito, vergonha, e ainda a mesma índole sacana, lá no fundo. 

Tirei o casaco e coloquei sobre o balcão.

Eu(Liza): Tem como guarda isso pra mim? Aqui esta muito mais quente do que na floresta, sabe. *sorri*

Ele: A-h-h... claro, com certeza-a, Ma-majestade. *eu sorri*

Eu: Por favor, só me chame de Liza. Mas me diga, o que esta rolando aqui?

Ele havia terminado de guardar meu casaco num armário e voltou com um coquetel de framboesa em mãos, aparentemente com pouco álcool. Agradeci com a cabeça e ele passou a mão pelos cabelos, tirando alguns fios do lugar. 

Ele: B-bem, é uma festa. *eu ri*

Eu: Ah, serio? Juro que não tinha percebido. *sorri irônica, mas com delicadeza* 

Ele: Foi organizada por Fatin e mais dois rapazes Moroi. *respondeu, meio receoso*

Fatin... Katy tinham mencionado esse nome alguma vez, anos atrás, algo sobre os jogos de inverno. 

Eu: E os guardiões não perceberam nada?

O garoto mordeu o lábio inferior e desviou o olhar, tentando procurar uma resposta em meio a multidão. 

Ele: Não posso ficar dando detalhes, até por que quem esta aqui foi convidado. 

Eu: Hmm. *dei um gole no coquetel* Pois esse plano falhou. Eu não fui convidada e estou aqui. 

Ele pareceu surpreso, e as palavras saiam de minha boca sinceras e calmas. 

Ele: As vezes acontece... 

Ele tentou sorrir e passou a mão na nuca. Bom, parece que o bartender aqui não conversava nada muito além de "o que vai querer?" e possíveis cantadas.

Eu: Você não me respondeu. E aliás, qual seu nome?

Perguntei sem preocupação enquanto observa o resto de meus colegas dançando, bebendo e se pegando. 

Ele: Ér... Michael... Michael Zeklos. *ele disse e tentou sorrir* E sobre sua pergunta... suborno.

HÁ! Um ponto pra princesa aqui. E logicamente, os Morois mimados e riquinhos atacam de novo. Subornar guardiões para fazer uma festa ilegal e secreta, era de se esperar. 

Eu: Então, Michael... viu a Hathawai por ai?

Ele pareceu cada vez mais surpreso. 

Ele: A fugitiva? Ela foi convidada?

Eu: Mesmo que não fosse, ela entraria aqui tão fácil quanto eu. Responda.

Ele: Ouvi comentários sobre ela entre o pessoal da organização, principalmente vindo de Fatin, mas não a vi pessoalmente ainda, então não posso confirmar. *deu de ombros*

Eu: Bem... obrigada Michael. Você foi bem útil. 

Ele balançou a cabeça de maneira aliviada e voltou a preparar uns drinques para alguns alunos do primeiro ano que estavam esperando. Me perguntei se não era ilegal, mas deixei pra lá. Tomei o ultimo gole de meu coquetel e fui explorar a festa.

Enquanto eu andava as pessoas me lançavam olhares surpresos, alguns mostravam um pouco de simpatia e me cumprimentavam com acenos de cabeça, outros simplesmente desviavam o olhar, e assim foi, até eu escutar uns gritos pouco longe do ambiente da festa e mais um clarão atingir o céu. Era isso, fogo, tinham dominadores de fogo praticando magia fora de sala, e bem mais do que deviam, muito além de apenas derreter a neve, como imaginei.

Corri para o meio das árvores, de onde tinham vindo os gritos e a magia. Chegando lá duas garotas estavam sentadas no chão, num circulo de grama, onde antes devia ter neve, uma delas estava com a mão no braço, com uma cara de dor e a outra ria com uma garrafa de bebida em mãos. 

Elas pareciam não ter me notado ainda, e decidi me aproximar para tentar ajudar a garota aparentemente ferida, mesmo que isso me causasse alguma queimadura também. 

Eu: Ei, você precisa de ajud...

E minha voz sumiu, me dando oportunidade apenas de ver outro clarão, e por trás da bola de fogo, um menino correndo em nossa direção, gritando algo. A dor me veio bem na parte de cima da cabeça, e antes de cair na neve vi alguns estilhaços de vidro passando muito perto de meu rosto e então, apaguei.




Continua...
Só me digam, gostaram? Alguém ainda lê? Agora que estou de férias espero conseguir escrever mais. Por favor, comentem. xoxo

12 comentários:

  1. Continua please comecei a ler hoje e to amando #ansiosa pro proximo capitulo

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  2. Por favor continua , eu to amando a sua fic

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  3. aaaaamei !!! voce pode divulgar meu imagine pliis: http://imagine-one-direction-1d-my-life.blogspot.com.br/
    obg !!

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  4. CONTINUAAAAAAAA PLMMDS

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  5. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH FINALMENTE, DPS DE TANTO TEMPO CONTINUAAAAAA

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  6. Coooooontinuuuaaa plmdds pfvr ta pft xoxo'

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  7. meu deus do ceú ta encompleto ?? não vo nem imaginar se não eu morro !! ta mt bom e pq me diz que vc não abandonou e que tem mais !!

    xoxo : gossip girl

    brinks

    xoxo : lu freitas

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    1. Hehe me agradeça por te mostrar esse imagine 💕👌

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  8. Continua logo mulher se nn eu morro aqui 💕👌😂

    Xoxo ~ Black

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